O candidato à Câmara de Lisboa pelo PSD, Pedro Santana Lopes, recusa qualquer responsabilidade nos 956 milhões de dívidas que deixou para o seu sucessor, António Costa.
Assim, e de acordo com os números apresentados por Santana Lopes, João Soares deixou dívidas de 526 milhões de euros. A diferença para os 956 milhões que o candidato do PSD e ex-autarca deixou para o Executivo socialista deve-se a dívidas não contabilizadas por João Soares, relativas a compromissos assumidos com a Parque Expo (155 milhões de euros) e com um empréstimo para financiar o Programa Especial de Realojamento (185 milhões) e outras dívidas menores. O Programa Especial de Realojamento foi um programa lançado pelo Governo de Cavaco Silva em 1993 e visava acabar com as barracas em Lisboa e no Porto. Pressupunha repartir em partes iguais as despesas para realojar esses moradores. Para Lisboa, o encargo foi um empréstimo de 185 milhões de euros. No total do seu mandato à frente da autarquia, diz Santana Lopes, foi contraído apenas um empréstimo de 81 milhões de euros mas, simultaneamente, foram amortizados 85 milhões de dívidas bancárias anteriores. E lembra que, à época em que estava à frente dos destinos da autarquia, vigorava o "endividamento zero para as câmaras" imposto por Manuela Ferreira Leite, então ministra das Finanças. O próprio vereador das Finanças e actual da Câmara de Lisboa ilibou Santana Lopes. Na reunião de 25 de Maio da Assembleia Municipal de Lisboa, Cardoso da Silva disse que "é verdade que a Expo e o Casal Ventoso [requalificado no âmbito do PER] foram registadas num ano e diziam respeito a anos anteriores".
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